Fernando Ribeiro | 05/07/2011 | Artigos, Creatina, Suplementos | 1 Comentário
O mundo da química desportiva espera impacientemente pela chegada dos bloqueadores da miostatina: novas substâncias ergogénicas que sabotam o efeito da miostatina no tecido muscular, e promovendo assim o aumento da massa muscular. De acordo com um estudo humano, cujos resultados irão aparecer em breve no Jornal “Endocrinologia Celular e Molecular”, Existe um suplemente que funciona exactamente desta forma e tem estado disponível há anos. Se acreditarmos nos resultados deste estudo, o já clássico suplemento creatina, é um inibidor de miostatina.
Os autores do estudo são cientistas do desporto da universidade Arak no Irão. Eles pretendiam saber como funciona exatamente a creatina. A maioria dos cientistas considera a creatina como pouco mais que uma bateria que proporciona energia e fluidos á células musculares.
É por isso que se ganha alguns quilos enquanto utiliza a creatina. A sua força também aumenta no ginásio, mas o efeito é temporário. Se deixar de utilizar a creatina, então os efeitos positivos desaparecem. Mas existe um pequeno grupo de investigadores que afirmam que a creatina faz muito mais. Dizem que a creatina também estimula a formação de tecido muscular.
Os investigadores fizeram uma experiência com 27 estudantes do sexo masculino. Dos quais 8, não fizeram nada – o grupo de controlo.
Os outros 19 estudantes treinaram com pesos durante 8 semanas. Os estudantes foram ao ginásio três vezes por semana, onde realizaram 6 exercícios básicos que englobavam todos os grandes grupos musculares: Supino, puxada para dorsais, curl de bíceps, prensa de pernas, extensão de pernas e flexão de pernas. Os estudantes treinaram a 60-70% da sua 1RM, e executaram três séries por exercício. Os estudantes descansaram menos de 2 minutos entre séries.
Metade dos estudantes que treinaram, tomaram creatina. Na primeira semana, tomaram por dia, 0.3 g de creatina por quilo de peso corporal, e nas restantes semanas tomaram 0.05 g de creatina por quilo de peso corporal. Não é necessário ser um génio para entender que os estudantes que treinaram, tornaram-se mais musculosos e fortes, e que o suplemento de creatina amplificou esse efeito.
Os investigadores mediram a concentração de miostatina do sangue dos estudantes. O treino de musculação reduziu a concentração. E o treino combinado com o uso da creatina, reduziu a concentração ainda mais.
Tabela 1
Os investigadores mediram a concentração da proteína de crescimento e diferenciação associada á proteína-1 do soro sanguíneo GASP-1 (GDF-associated serum protein-1). Esta proteína neutraliza a miostatina. Existe uma patente, em que os investigadores descrevem como uma versão sintética desta hormona pode causar o crescimento muscular.
Seja como for, a produção da GASP-1 aumentou como resultado do treino de musculação e aumentou ainda mais nos indivíduos que combinaram o treino de musculação com a suplementação de creatina.
Tabela 2
Os investigadores concluíram que, a creatina não causa apenas um aumento temporário dos músculos. Portanto, a cretina é um verdadeiro anabolizante, responsável pelo aumento da produção de proteína muscular.
Afirmaram também que:
A inibição e diminuição dos níveis de miostatina pela GASP-1, pode ter um papel importante no aumento da força e massa muscular produzida pelo treino de musculação.
A suplementação com creatina originou um maior aumento da força e massa muscular, e esses aumentos foram acompanhados por níveis mais reduzidos de miostatina.
Retirado de: http://www.musculacao.net/a-creatina-e-um-inibidor-da-miostatina/
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